domingo, 12 de janeiro de 2014


Os olhos que espreitam

 
 
 
Os olhos que espreitam são teus. Alma do que sinto sem compreender.  Entregue, extático, observando navios no céu, assombra-me o frio de tua ausência, que dita poemas sem sentido para um amor que canta desolação e luz. Ampara-me o impacto de teu olhar surgindo inesperadamente, voo da mulher amada, o manto negro como asas cheias de estrelas, absurda e bela na escuridão. Rainha da noite mirando-me em meu abismo, cantando comigo novas canções. Beijos de mãos nervosas e cálidas que me falam de paixão e perdas. Carícias furtivas com que me invades à noite e juras amor eterno.
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Foto © Paulo Sallorenzo
 

 
 



 
 
 
 
 
 



2 comentários:

  1. Oi Marco.
    Não tenho comentado, mas sempre que passo por aqui fico um tempo sentindo a sua poesia, em silêncio. Tenho sentido mais e falado menos. Mas mergulhando cada vez mais nas sutilezas das suas sílabas tão bem expressadas.
    Estava com saudade.
    Beijo,
    Rhose

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    1. Que bom que você veio, Rhose! Bom também saber que temos estamos juntos esse tempo todo, mesmo que em silêncio. Mas é assim mesmo. Muitas vezes é do silêncio que brota a melhor poesia...

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