Os olhos que espreitam
Os olhos que
espreitam são teus. Alma do que sinto sem compreender. Entregue, extático, observando navios no céu,
assombra-me o frio de tua ausência, que dita poemas sem sentido para um amor
que canta desolação e luz. Ampara-me o impacto de teu olhar surgindo
inesperadamente, voo da mulher amada, o manto negro como asas cheias de
estrelas, absurda e bela na escuridão. Rainha da noite mirando-me em meu abismo,
cantando comigo novas canções. Beijos de mãos nervosas e cálidas que me falam
de paixão e perdas. Carícias furtivas com que me invades à noite e juras amor
eterno.
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Foto © Paulo Sallorenzo
Oi Marco.
ResponderExcluirNão tenho comentado, mas sempre que passo por aqui fico um tempo sentindo a sua poesia, em silêncio. Tenho sentido mais e falado menos. Mas mergulhando cada vez mais nas sutilezas das suas sílabas tão bem expressadas.
Estava com saudade.
Beijo,
Rhose
Que bom que você veio, Rhose! Bom também saber que temos estamos juntos esse tempo todo, mesmo que em silêncio. Mas é assim mesmo. Muitas vezes é do silêncio que brota a melhor poesia...
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