Em noites como esta
Em noites como esta, acontece-me, às vezes, perceber algo
que não compreendo. Alguma coisa sobre o que nada sei, de que nada temo e de
que nada espero. E quando a vejo mais de perto, é como se me acolhesse sem nada
dizer. Mas em sua proximidade não há perto,
nem há distância, há identidade e comunhão. Nada muda, e apenas se intensifica
e me toma por inteiro, sem reservas. Torno-me
por um instante aquilo que percebo, mas não contenho. Nenhuma conquista ou
realização vem servir de prêmio ou desenhar sentido naquilo que se aguça, desde
sempre vazio — mas
intenso e presente —
em um momento no qual tudo assenta sem recortes, sem euforia ou tristeza, num
ponto, num instante luminoso em que emerge, soberana, toda paz.
— Feliz Ano Novo —
Que lindo! Intenso! bj. Rosana
ResponderExcluirObrigado, Rosana! Bom ler você aqui!
ResponderExcluirMuito Lindo, aliás tens a veia da escrita!!
ResponderExcluirBeijos Suely
Valeu, Suely! Pra mim escrever é fundamental.
ExcluirQue Belo! Quantos sentidos despertos!
ResponderExcluirAgradeço e retribuo os desejos de um Ano Feliz!
Grande abraço,
Rhose
Obrigado Rhose. Vamos manter despertos os sentidos em 2013!
ExcluirBeijosssss,
Marco
Roberto:Um poema é uma pintura de palavras. És um grande pintor nas escolhas de seus poemas.
ResponderExcluirObrigado, Roberto! Interessante a sua forma de ver a poesia! Eu, que sempre tive uma grande admiração pelas artes pláticas, fico surpreso e feliz em saber que,como poeta, posso exercê-la também. Obrigado!
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